10/10/2005

Como posso descrever um ano. Posso dizer que foi o melhor e o pior ano que tive…
Tracei novos caminhos na minha perspectiva de vida e elevei os meus objectivos pessoais ao máximo… Mas esqueci-me do meu Ego.
Terminei o meu curso. Mas antes de o terminar já tinha um part-time…nunca se sabe o dia de amanha. Passei por um call center (não recomendo a ninguém). Até que aterrei numa secretaria. E posso dizer que apesar de não estar a fazer o que quero, posso afirmar que gosto do que faço.
Conheci novas pessoas, mas são poucas as que merecem que fale delas… Não vou dizer nomes porque elas sabem muito bem quem são. Umas estão mais perto de mim, outras à distancia de um atlântico ;) (missing you two a lot!!!!)
Tive a mais louca passagem de ano… Fui uma das protagonistas! (não queiram saber porquê!!!) “Ai que não se consegue dormir por aqui!!!” by Escrava Isaura.
Uma viagem de finalistas até ao estrangeiro em Portugal. Nunca ouviram dizer: “vá para fora cá dentro!”; pois, ir para o Algarve é isso. Ir para fora cá dentro, é só estrangeiros…
Devem estar-se a perguntar – A fazer balanço anual a 10/10/2006? –
Pois faço este balanço porque foi neste dia que a minha vida se modificou para sempre… Faz hoje um ano que a conheço, melhor, que a vi pela primeira vez. Conhecer, para se conhecer uma pessoa pode-se levar anos, ou então temos o azar de conhecer alguém, ver-lhe a verdadeira alma apenas com um simples toque. Toque esse que nos aquece o coração ressuscitando sentimentos que pensávamos estar mortos e enterrados! (Como deveriam estar!!!) Eu tive esse azar e essa sorte, sim sorte. Conheci a mais maravilhosa mulher que alguma vez se cruzou comigo. Mas também por ventura a mulher que mais me fez e faz sofrer. Enquanto o que eu sinto não desaparecer acho-me incapaz de a enfrentar. Eu evito ir aos mesmos locais que ela. Tenho medo da minha reacção e da reacção que os meus actos e atitudes possam provocar.
Sinto-me viva e moribunda ao mesmo tempo. O pior estado em que nos podemos sentir é o moribundo, perdemos a noção da realidade, perdemos o sentimento de pertença. Sentimo-nos inúteis para quem nos rodeia, pois não conseguimos captar a atenção de quem amamos. Quando assim nos sentimos, um cão tem a auto-estima mais elevada que a nossa!!! Nós não temos qualquer noção de realidade, perdemos a noção de senso comum, perdemos o chão que pisamos, perdemos o nosso equilíbrio, por fim perdemos a nossa lucidez. Passamos a viver naquele mundo, melhor, naquela nuvem que fica entre o Céu (Divindade) e o Inferno (Trevas). Demónios!!! Já sei o nome, purgatório!!!
Será possível viver nove meses com esse sentimento? Sim porque os primeiros quatro meses foram os da negação. Não consegui negar o que sinto, será que isso faz mim uma pessoa fraca ou uma fraca pessoa? Ou apenas uma pessoa que não têm medo de admitir o que sente?